O deus do trovão: um super-herói Shell


O Poderoso Thor
foi um dos cinco Super-heróis Shell lançados em 1967 pela Ebal, e foi o único que estreou sozinho numa revista chamada de Álbum Gigante (acima o número promocional). Os outros quatro foram Capitão América e Homem de Ferro, que dividiam suas aventuras na revista O Capitão Z, e O Incrível Hulk e Príncipe Submarino, que chegaram na revista Superxis
Mas Thor tinha algo de nobre. Afinal, é um Deus vindo de Asgard. E era desenhado pelo fabuloso Jack Kirby.

O texto de apresentação do personagem foi publicado tanto na edição promocional, número 0, quanto no primeiro número da revista, lançado pela Ebal em outubro de 1967, e começava assim:

Quando as nuvens tempestuosas se fizerem ouvir através de estrondosos trovões, prestem atenção! Quando raios riscarem os céus, com seu rastro luminoso, observem cuidadosamente! O senhor desses elementos pode estar por perto, com seu magnífico martelo Uru, pronto a servir à causa do Bem! Saúdem o Príncipe dos Raios, deus do Trovão… o Poderoso Thor! Ele é filho de Odin e habita em Asgard, moradia dos deuses nórdicos, e, para lá chegar, tem que passar pela imponente Ponte do Arco-Íris!

Os Super-heróis Shell foram lançados no Brasil como parte de uma supercampanha publicitária patrocinada pela multinacional de petróleo, que consistia na distribuição das revistas promocionais (todas numeradas de ‘zero’) nos postos Shell. A campanha fez um enorme sucesso na época, e colocou os cinco personagens da Marvel “na onda” (como dizia a gíria da época), ajudando a promover também os desenhos animados de Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Hulk e Namor na televisão.
 
Essas animações são um caso à parte. Totalmente baseadas nos quadrinhos, elas eram quase sem movimentos, praticamente uma sequência de desenhos que pareciam ter sido retirados das revistas. O que dava um ar tosco, mas que se tornou cult justamente por manter o mesmo traço dos grandes desenhistas que ilustravam os heróis.

Os desenhos animados também tinham uma peculiaridade divertida: a abertura de cada série apresentava o super-herói com sua música exclusiva, que era uma espécie de hino heróico. As músicas desses “hinos” foram compostas por Jack Urbont e a versão da letra foi adaptada para o português por Abdon Torres, que foi diretor da Globo e integrou a primeira equipe da emissora, responsável pela sua implantação.

Essas músicas também ficaram famosas e suas letras foram publicadas nas primeiras edições das revistas da Ebal. A do Thor era assim:

Onde o arco-íris é ponte,
Onde vivem os imortais,
Do trovão é deus guarda-mor
O barra-limpa,
O grande Thor

Sobre a capa da edição número 0 de Álbum Gigante, com a estréia de Thor, há uma curiosidade muito interessante. O desenho que ilustra essa capa nunca foi publicado numa história do Thor! Aliás, nem o personagem que você vê é o Deus do Trovão! Na verdade, aquele é o Demolidor disfarçado de Thor! Parece maluquice, mas não é. A história se chama “Em luta com o Deus do Trovão”, foi desenhada pelo genial Gene Colan com arte-final de J. Tartaglione, e foi publicada no Brasil na página 7 da revista O Demolidor #29, de agosto/setembro de 1971.

E tem mais um detalhe importante nesse desenho: como Thor é destro, o Demolidor se esqueceu de segurar o martelo Mjölnir com a mão direita, confusão corrigida logo na página seguinte. Pois é… quem diria: o Demolidor foi o super-herói que inaugurou a revista do Thor no Brasil. Coisas da Ebal.

Nos Estados Unidos, Thor estreou em agosto de 1962 na revista Journey into Mystery #83 (acima) e a capa foi desenhada por Jack Kirby e Joe Sinnott.

Novos heróis em ação no cinema


Enquanto a Warner planeja quais dos super-heróis da DC Comics ganharão vida nas telas dos cinemas, a Marvel já está em ação com suas produções (Wolverine, Capitão América, Thor, Vingadores e cia). Arqueiro Verde, Lanterna Verde, Flash e Mulher Maravilha são as novas armas da DC, juntamente com a total reformulação do Super-Homem. Mas, por enquanto esses projetos ainda não amadureceram. Vamos ver se a Warner consegue definir seus investimentos nessa área a tempo de enfrentar a avalanche da Marvel! (Leia mais aqui)

O papel de parede acima, que pode ser baixado clicando-se nele, foi feito a partir de um desenho do fantástico Alex Ross, publicado em seu livro, Mythology – The DC Comics Art of Alex Ross (leia mais sobre o livro clicando no link).

O Fenomenal Galactus

Galactus, o Devorador de Mundos - CLIQUE AQUI PARA FAZER O DOWNLOAD DESTE WALLPAPER
“Já que fui destinado a percorrer a imensidão do espaço, sempre procurando por novas fontes de energia, não tenho escolha…
Devo penetrar na Galáxia Negra e destruir tudo o que possa existir lá!

Não faço isso por ódio ou ambição, pois são emoções inferiores! Faço porque preciso… porque sou GALACTUS!”

Foi assim que o impresionante Galactus surgiu para os leitores de Thor, na revista Álbum Gigante, número 32, publicada em maio de 1970 pela Ebal. O Devorador de Mundos, criado por Stan Lee e Jack Kirby, apareceu na aventura Os Criadores de Novos-Homens, justamente na última edição da revista que estava na 4ª série. No mês seguinte, as histórias de Thor passaram a ser publicadas na revista A Maior, número 1, junto com as aventuras de outros dois personagens da Marvel, o Capitão América e o Homem de Ferro, cuja revista O Capitão Z também fora cancelada.

Para baixar o papel de parede do Galactus, clique na imagem acima para ampliá-la e salve em seu computador. Veja todos os papéis de parede com personagens da Marvel publicados neste blog.

O Capitão, por Jack

Capitão América, de Jack Kirby
Capitão América
(Captain America, Marvel) não é o que podemos chamar de um herói politicamente correto. Seja nos anos 60 ou agora. Afinal o personagem acaba representando toda a política agressora e arrogante que os Estados Unidos mantém. Mas isso não é para ser discutido aqui. Eu lia as histórias do Capitão nos anos 60 e nem percebia toda carga simbólica que ele carregava (e ainda carrega, claro). Mas o desenho de um mestre, este sim, saltava aos olhos. Por isso fiz este papel de parede, que você pode baixar clicando no desenho ao lado: é uma homenagem ao desenhista Jack Kirby. Este sim, merece ser lembrado.

Clique aqui para fazer download de mais papéis de parede do Capitão. Leia mais sobre Capitão América e Jack Kirby clicando aqui.